quarta-feira, 31 de maio de 2006
o aviso
Vinha no carro a ouvir o The Best of Massive Attack, que por acaso recuperei hoje, e vinha a pensar nisto. Vinha a sorrir, ou a rir, não me lembro bem. Em qualquer dos casos, isso é bom. Pensei em duas coisas.
Nunca ninguém me tinha avisado que me ia fazer uma proposta porca. Avisado no sentido literal da coisa, antecipadamente, não falo, obviamente, daqueles avisos vou fazer-te uma proposta porca, já te estou a saltar em cima!, não, um aviso assim de antemão, com tempo, um dia destes, hei-de, talvez, quando a chuva volte ou o calor aperte. Mas este foi um pensamento fugaz, pensei, ri e esqueci, guardei apenas a memória do acontecimento para aqui o soltar em palavras escritas.
No que eu ainda estou a pensar é que não existem propostas porcas... não encontro o que possa ser uma proposta antecipadamente avisada e porca. Existem propostas porcamente ouvidas e propostas intencionalmente porcas, mas é tudo uma questão de pontos de vista.
Eu digo, tu ouves.
O que eu digo, nem sempre tu ouves.
Quando te ouço nem sempre mo dizes.
Esquecemos a leitura dos gestos.
Esquecemos o olhar do outro.
Esquecemos a mão que mexe. O pé que saltita. O corpo que se contorce.
Quando é que esquecemos? Quando falamos sem nos vermos.
Não era de todo assim que isto ia acabar... o problema é que eu ainda estou a pensar.
terça-feira, 30 de maio de 2006
Recuperação
O fim de mim neles
Eu ia usar este espaço para contar a minha vida em imagens. Andava a digitalizar fotografias antigas e a escolher algums novas. E...
De repente, estava ali indolentemente sentada no sofá da sala, da televisão saía o som de mais uma história de terror, maus tratos, violência, crianças, a minha Mãe comentou quando eu fui à segurança social denunciar que o pai deles tinha levado uma puta, perdoem-me a expressão, mas era mesmo isso, uma puta lá para casa e que a Mãe andava toda marcada, a assistente social disse que não podiam intervir porque as crianças não apresentavam marcas de maus tratos.
- Foda-se!
Disse eu, e que mais podia dizer?! Então, quando, na quinta-feira, a Juiza me perguntou se as crianças estavam mal tratadas, durante o ano em que estiveram entregues a si mesmas, e eu respondi que não, eu tinha razão. Nenhuma das crianças daquela família apresentou, em qualquer altura que fosse, qualquer marca de maus tratos, segundo o informado pela própria assistente social. Enquanto a advogada da Casa tentava desmanchar a minha definição de crianças bem tratadas eu deveria ter desmanchado a definição de crianças sob custódia da assistência social e/ou comissão de protecção de menores.
Foi então que se desmanchou em mim este projecto egocêntrico e decidi morrer aqui por Eles.
Uma história é sempre uma história, factos verídicos misturam-se com emoções. Episódios baralham-se na esfera do Tempo. Antes, depois, quando... não há uma definição precisa. Aconteceram coisas ao longo destes 6, a caminhar 7, anos, que eu vou relatar. Reavivar em mim? Não! Para reavivar, em mim, estas histórias estão eles mesmos na minha Vida, para lá do sempre.
Vou apenas contar o que vivemos, eu, eles, a minha Mãe e todos os outros nós que foram estando presentes a meio caminho entre o metro quadrado mais caro do concelho de Cascais e uma favela versão Portugal.
Se alguém ler, ou for lendo, talvez nunca venha a perceber a história. Não apanhe o fio à meada. Se perca em regressos ao presente. A verdade da história só se entende vivendo-a.
Veremos o que daqui sai, meus Amores.
posted by maresia at 20:05
1 Comments:
holeart said...
já meti isto nos meus favoritos.
08:53
segunda-feira, 29 de maio de 2006
domingo, 28 de maio de 2006
Reviver - melaço sem mel
Andava por aí a blogar e apercebi-me de que há muito deixei de ser doce, romântica, terna, melosa na palavra que aqui dito. O Amor há muito se derreteu em mim. Já não o sinto. Já não te sinto. Já não me sinto...
Quente, tonta, vaidosa, provocante, enguia, escorregadia, brincalhona. Sempre! Melosa? Já não me lembro. São açucares que se perdem na luta pela independência. Já não me lembro do sabor do Algodão doce. Que coisa mais idiota que estou para aqui a escrever.
Ponto, final e parágrafo.
sexta-feira, 26 de maio de 2006
Sexta-feira da História de Portugal
Sexta feira das pizzas
- São duas pizzas, por favor
- São familiares?
- Não, são putas!
quinta-feira, 25 de maio de 2006
A ti amigo anónimo
Entre amigo e amigo jamais se apagam dias tão felizes
de Pe. Tolentino de Mendonça
Obrigado, Senhor, pelos amigos que me deste.
Os amigos que nos fazem sentir amados sem porquê.
Que têm o jeito especial de nos fazer sorrir.
Que sabem tudo de nós, perguntando pouco.
Que conhecem o segredo das pequenas coisas que nos deixam muito felizes.
Obrigado, Senhor, por essas e esses, sem os quais, caminhar pela vida, não seria o mesmo.
Que nos aguentam quando o mundo parece um sítio incerto.
Que nos incitam à coragem só com a sua presença.
Que nos surpreendem, de propósito, porque acham mal tanta rotina.
Que nos dão a ver um outro lado das coisas, um lado fantástico, diga-se.
Obrigado pelos amigos condicionais.
Que discordam de nós permanecendo connosco.
Que esperam o tempo que for preciso.
Que perdoam antes das desculpas.
Essas e esses são os irmãos que escolhemos.
Os que colocas a nosso lado para nos devolverem a luz pura e aérea da alegria.
Os que trazem, até nós, a música maravilhosa e imprevisível do teu coração. A Senhor!
Obrigado!
Nuvens
terça-feira, 23 de maio de 2006
Lombrigas
No dia seguinte o professor mostra aos alunos o resultado:
- A primeira lombriga, em álcool, está morta;
- A segunda, no fumo do cigarro, está morta;
- A terceira, em esperma, está morta;
- A quarta, em terra natural, está viva.
O professor comenta que é bastante nítido o que é prejudicial e pergunta à classe - O que podemos aprender desta experiência?
Responde imediatamente o Joãozinho - Temos de beber, fumar e foder para não termos lombrigas!
segunda-feira, 22 de maio de 2006
Recuperação
Há jogos perigosos...
Hoje a 17, a 21 e o pai foram visitar a 3 e a 6.Há jogos perigosos...Ao fim de 22 meses, a Casa aceita uma visita, entre as 15:00 e as 16:00, pedida pela 17. Ao fim de 22 meses e a menos de uma semana da decisão do Juíz. É muito pouco provável que a decisão seja pela continuidade do elo à família. Ainda não sei como vou falar disto com a minha 10...Mas dizia, uma visita. Porquê? Se a Casa desmontou em tribunal qualquer tipo de tentativa de justificação da importância da ligação entre os irmãos, não falo do pai, porquê aceitar agora uma visita? A dias da oficialização da perda do poder paternal, porquê? A dias da 3 e da 6 irem definitivamente fazer parte de outro mundo, onde não há espaço para estes outros?Porque a Casa não é magnânime, não está ali para nos fazer o jeitinho, para dar a mão aos que sofrem deste lado... Muito menos quando os telejornais nos enchem os olhos e os ouvidos de histórias de crianças maltratadas. Por um pagam todos e, vendo bem, até é justo. Por uma criança incorrectamente retirada ao seu meio original, podemos estar a salvar 10. Ou não... A irmã do A foi devolvida ao fim de um ano... casos, casos, casos, montam-se e desmontam-se.Mas a casa tem muita experiência. Desta forma desmonta, também, qualquer tipo de argumento que se baseie na dificuldade, real e documentada em todo o processo, em acordar horas de visita com o 20, o real cabeça de casal, na falta de flexibilidade, nos entraves. Pois se, a poucos dias da separação formal, ainda facilitaram o encontro.Só tenho pena que, mais uma vez, o horário tenha sido imposto para as 15:00, impossibilitando novamente a presença do 20.
posted by maresia at 21:54
Recuperação
O primeiro dia da Mãe
Já quase passou um ano desde que te tornaste Mãe. Amanhã é o teu dia. Já fizeste 14 anos. Não tens Mãe que te aconchegue, mas tens filha que abraces. Com força, com muita força. Com tanta força como a que abraças a tua vida. Boa V., és uma linda Mãe. És uma linda menina-mãe.de Sábado, Abril 30, 2005
posted by maresia at 21:30
1 Comments:
JL said...
Li esta sequência de últimos texto colocados. Há um denominador comum em todos eles: O Amor. Falado ou sentido. Desejado ou magoado!Até no ódio ou na vontade de odiar é o amor que mais comanda.Deixo-te um beijo e a vontade, a minha vontade, de que o teu fim de semana seja de amor.
16:55
Recuperação
Socorrismo para crianças
Quem é que viu a minha Princesa dizer que queria ser Bombeira?!?!?Estou tão babada, até me vieram as lágrimas aos olhos, foi uma surpresa daquelas, espertinhos não me contaram nada!!! O R. também aparecia, mas não falou... é mais tímido!- é verdade ontem vi no telejornal a ... hum....a tua filhota a aprender socorrismo no telejornal, estava demais, fala pelos cotovelos devia era ser jornalista, dei por mim a acreditar que apesar das vidas difíceis eles vão todos vencer.E claro que vão vencer... com amigas desta Mãe com esta categoria!!!ps: ela ainda não sabe, mas o que vai ser na realidade é marinheira como esta Mãe... hi hi hide Sexta-feira, Setembro 09, 2005
posted by maresia at 22:05
3 Comments:
Isolamentos said...
:)
03:24
JL said...
Esta mãe, atrevo-me eu a dizer, é marinheira em água de sonhos e de desejos. Que se realizem e te adocem a vida.Um beijo
19:05
rps said...
Uma Mãe babada é compreensível... Agora: "(...) a tua filhota a aprender socorrismo no telejornal, estava demais, fala pelos cotovelos devia era ser jornalista (...)" ... esta imagem de classe...
16:34
Recuperação
a minha princesa
está a ficar uma menina, carente e responsável. enquanto eu ressacava o corpo da música de ontem, telefonou. ia para Sintra com a monitora, gostaria que eu fosse mas, acima de tudo, queria evitar que lá fosse acima ao engano. minaê, bo sa glavi passa...
de Domingo, Abril 24, 2005
posted by maresia at 22:11
3 Comments:
Isolamentos said...
...uhm...
16:53
JL said...
Recordações...
18:00
Lisbon said...
Só passei pa agradecer a visita ao meu adormecido blog
19:53
Recuperação
No fim do fim-de-semana, depois de os ter deixado no CAT, junto com 2/3 da minha alma, fui tentar organizar o começo da minha semana de trabalho. Ligo o portátil e PIMBA TUNGA, uma gaja toda aberta e uma pila grande como o mundo saltam-me em cima. 2+2=5 e já percebi o que andaste a fazer até às 2:00 da manhã!!! Ri, claro. Tens 15, quase quase 16, mais estranho seria se não fosses procurando todas estas coisas.
- Então, ontem o que fizeste depois de irmos dormir?
- Eu? Nada...
- Nada? Estiveste a jogar no computador?
- AH! ah! Lindos sites que o menino anda a ver!!!
- Pois...
- Não faz mal, R., só que tens de ter cuidado, sabes que o T. e a I. também brincam com aquele computador... depois de usar apagas o Histórico e tens de desinstalar aqueles programinhas que ficam.
- Mas eu não sei fazer isso...
- Pois, só sabes o que interessa...
- Depois a Patricia ensina, 'tá bem?!
- Está, está bem...
- Quer saber o que eu estava mesmo a fazer?
- Se quiseres contar...
- Estava a jogar uma coisa que se eu ganhar ela tira a roupa!
- E então, ficou nua?
- Não, ainda não sou muito bom, tenho de treinar mais!
de Terça-feira, Maio 24, 2005 , posted by maresia at 21:44
1 Comments:
alyia said...
ahahahahhahahahaahadolescência :)
23:07
Referendos
Fala-se de um referendo sobre a implementação de centrais nucleares em Portugal. Um referendo, a meu ver, sobre algo que ninguém sabe muito bem o que é, o que implica ou o que pode provocar. Como pode o Sr. Manuel de Piodão, ou a Sra Maria de Pitões das Júnias decidir sobre isto?
Vejamos o meu exemplo, não deve existir exemplo melhor do que o meu. O meu Pai é um Astrofísico supostamente conceituado, licenciou-se em qualquer coisa que já não me lembro, doutorou-se em Física de Altas Energias, investigou na área das coisas Quânticas, depois partiu rumo ao Cosmos e por aí fora.
Eu não tinha mais de 7/8 anos quando comecei a brincar às bombas atómicas. O meu Pai partia para o CERN e deixáva-nos ao cuidado da minha Mãe físico-quimica. Era um desastre. O Pedro, que sempre foi o mais dado a misturas engenhosas, misturava tudo o que encontrava nos tubinhos de ensaio dos nossos vários estojos de química e desenvolvia bombas atómicas potentíssimas que eu fazia explodir, sempre fui a mais dada a emoções perigosas. Por sua vez, o pobre do João, que ainda não tinha idade para escolher fosse o que fosse às nossas mãos, representava o explodido.
Depois de o caracterisarmos com canetas, guaches, farinha, detergente da loiça ou da casa-de-banho e com as próprias das misturas explosivas, era sujeito a operações delicadas, quase desmembrado, arrastado em cenários de guerra, atirado contra as paredes com a força da explosão e não tinha direito a mugir nem tugir.
Pois bem, eu, se votasse, porque nunca voto, é um dos direitos de cidadão a que eu me dou o direito de não utilizar, e tivesse de dizer sim ou não à Energia Nuclear em Portugal, não saberia o que escolher. Provavelmente perguntaria ao meu Pai, não iria perceber metade do que ele me voltaria a explicar e acabaria por votar igual a ele, só porque nem a explicação dele eu iria entender.
Dos 7/8 aos 34 são muitos anos de convivência com estas coisas... O que é que o Sr. Manuel, a Sra Maria e até o Primeiro-Ministro, terão aprendido que eu ainda não aprendi ou percebi?
sexta-feira, 19 de maio de 2006
Recuperação - Chamem-lhe o que quiserem, eu chamo-te humanidade
Cada dia que passa te admiro mais. No meio de tanta coisa existe sempre espaço para a humanidade em ti.
Queria muito ver um menino com lepra. É uma doença muito má, não é? Acho que nas farmácias há umas caixinhas para ajudar. Acho que têm uma fotografia. As pessoas com lepra escondiam-se atrás dos muros e nas grutas, não é? Ainda lhes atiram a comida? Eu não quero que eles tenham lepra, não é isso, eu queria era ver para saber como é. E a epilepsia? A Patricia sabe o que é? Lá na minha escola havia um rapaz que tinha ataques, bué mesmo, às vezes 3 num dia. Chamava-o sempre para a minha equipa. Não jogava mesmo nada, mas eu sabia que gostava e então dizia-lhe "és um ganda jogador". Outras vezes dizia "sabes que na minha equipa só jogam os bons". Ficava a olhar para ele durante o jogo, sem ninguém perceber. Mesmo quando já ia no ataque tinha um truque que me deixava ficar sempre de olho nele. Tinha assim uns tiques. Eu com o tempo aprendi a saber quais eram os tiques maus. E sabia que, se alguém se zangava com ele, tinha de estar pronto para o ajudar. Um dia, ao almoço, teve um ataque. A faca voou da mão dele para mim. Apanhei um susto, mas ainda consegui ajudar o professor a pôr-lhe um cinto na boca. A Patricia acha que agora o deixam jogar? E quais é que se salvam mais, os que têm cancro ou os que têm sida? Às vezes, os que estão melhor rezam para serem eles a morrer em vez dos outros, não é? E pode-se dar sangue e uma coisa que tem a ver com células. Há muitas doenças esquisitas. Tenho sorte, não tenho?
Tens, tens sorte, mas eu ainda tenho mais, por te ter a ti.
de Quinta-feira, Maio 19, 2005
posted by maresia at 22:29
6 Comments:
JL said...
Fantástico. E mais não digo porque as palavras escasseiam. Boa semana 22:34
Jane & Cia said...
É ser Imensamente Grande, tão grande quanto o Mar!*Deixo uma estrela a essa humanidade* 19:03
poca said...
sim de facto... encontramos nas crianças uma série de sentimentos que sabemos que também temos!! 17:24
storm said...
arrepia... a honestidade e autenticidade transparente das crianças... é o ser humano no seu expoente máximo de humanindade! 17:27
inBluesY said...
(fica o meu silêncio, excelente ) 10:40
lobodomar said...
Fico aqui em silêncio só, lendo e relendo. Mais palavras iriam macular... Abraço 12:35
quinta-feira, 18 de maio de 2006
Amor de Mãe verde

Lá fomos nós ver um gajo falhar um penalty... E eu, com a sorte do costume, calhou-me como vizinho um fanático da aguardente.
Segundo percebi, o Liedson [Só Liedson basta? Acho que é esse que está de costas, ou não?] deveria ter marcado. Consta que é mais eficaz e que, se cumprisse, alcançava o Nuno Gomes enquanto melhor marcador [da época? do campeonato? who knows, who cares...]Fizemos a onda, cantámos os hinos, guinchámos em sintonia e no fim [já bem bebidos, demos abraços fraternos, saíram de mansinho, aos primeiros alvores, de copos bem erguidos, brindámos aos infernos, fizeram-se ao caminho, sem mágoas nem rancores. Adeus, foi um prazer! disseram a cantar, mantém a mesa posta, porque havemos de voltar...] ainda comemos bifanas!
Há muito tempo que não tínhamos uma tarde só nossa, eu o meu rapazola!
de Domingo, Março 12, 2006
terça-feira, 16 de maio de 2006
Frase do dia
Isto porque eu peguei num papel que estava no chão do carro e coloquei-o no banco do carro. Pois, também está certo!
segunda-feira, 15 de maio de 2006
Mudar de casa
Raymond Radiguet
Le diable au corps @1923
Algumas notas repescadas na minha memória escrita.
n. 1903 18 juin, à Saint-Maur, près de Paris.
1913 13 juillet, il assiste à la crise de folie et au suicide de la bonne qui est employée dans la maison voisine de celle de ses parents, à Saint-Maur. Cet épisode très marquant sera exploité dans Le Diable au corps.
1914 28 juillet début de la Première Guerre mondiale.
1917 avril Raymond rencontre Alice, une voisine des Radiguet à Saint-Maur, qui vient de se marier avec Gaston, un soldat, à l’occasion d’une permission. La liaison de Radiguet, à l'age de 14 ans, avec Alice, le mari soldat sont autant d’éléments que l’on retrouvera dans Le Diable au corps.
1918 il fréquente les milieux de Montparnasse.
1919 il collabore aux revues Dada de Tristan Tzara et Littérature d’André Breton. En fin d’année, début de l’écriture du Diable au corps.
1920 il a une liaison orageuse avec Béatrice Hastings, le modèle de Modigliani.
1921 derniers poèmes et composition du Diable au corps.
1922 3 mars Cocteau lit à l’éditeur Bernard Grasset les premières pages du Diable au corps. Le 15 mars Radiguet signe le contrat, mais doit remanier sa version. Cocteau l’y aidera.
1923 janvier il remet à son éditeur la version définitive du Diable au corps. Bernard Grasset orchestre une grande campagne de publicité en faveur du Diable au corps et de son auteur: il fait parvenir à des personnalités parisiennes une lettre dans laquelle il présente Le Diable au corps, compare Radiguet à Rimbaud, et réfute par avance l’accusation d’immoralité et de cynisme du roman. Le 10 mars, sortie du roman et d’un article de Radiguet, intitulé "Mon premier roman Le Diable au corps", dans Les Nouvelles littéraires. L’auteur y défend son œuvre contre ses détracteurs, choqués par l’apparent cynisme du roman, et également par la grande campagne de publicité qui a fait parler de lui. En un mois, plus de trente articles de presse paraissent sur Le Diable au corps, le roman se vend bien. Cocteau, le 3 mai, prononce au Collège de France un discours qui rend hommage à Radiguet. Le roman obtient le prix du Nouveau-Monde le 15 mai. En octobre, terrassé par la maladie, il s’alite. On découvre, trop tard, qu’il a contracté la typhoïde. Transporté dans une clinique, il meurt le 12 décembre, à vingt ans.
Vie de Radiguet | Le Diable au corps |
Naissance en juin 1903 | Naissance en mars 1902 |
Saint-Maur des Fossés | F... |
Lettre écrite à une institutrice (Alice). | Lettre écrite à Carmen |
Retiré du lycée à la fin de la quatrième. | Retiré de l'école. |
Lycée Charlemagne | Lycée Henri-IV |
Yves (Krier) | René |
Alice | Marthe |
Gaston S. | Jacques Lacombe |
Alice est morte en novembre 1952. | Marthe meurt peu après la naissance de son fils. |
Il n'est pas établi que le fils d'Alice soit celui de Radiguet. | Le fils de Marthe est celui du narrateur. |
Recuperação
Vou definir o meu fim-de-semana em distâncias percorridas.
TagusPark - Tercena - Cascais - McDonald's - Campo - Tercena - Cascais
Cascais - Tercena - Cascais - Praia - Casa - Campo - Tercena - Cascais
Cascais - Tercena - Cascais - Praia - Casa - Cascais - Tercena - Cascais
Podia ter sido pior...
de Domingo, Maio 15, 2005
posted by maresia at 21:47
2 Comments:
palmira said... Por esse motivo fui viver para perto da praia :) ericeira - cascais - ericeira - quase todas as praias da ericeira - ericeira e cascais ( quando venho trabalhar) Gostei do teu canto. São tantas as Letras que populam por aí. Eu tenho uma M. de 5 anos que só não nasceu de dentro da minha barriga, está enraizada em todos os meus poros . vou voltar 16:15
Isolamentos said... ...já me diverti por aqui. :) e ainda que tenha sido por acaso...obrigado pela visita. * 21:49
domingo, 14 de maio de 2006
Só nós 2 mais uma vez!
Morangos cheios de açucar
- Sabe Patricia, eu estive a ver os Morangos com Açucar
- Sim...
- E queria falar sobre uma coisa...
[ar sério, ui... confesso, também às paredes, vieram-me logo à cabeça vários feitios, cores e sabores de preservativos] - Então Querida?
[na semana passada houve aula ao outro sobre outros herpes que não os labiais - ficarão para a história como herpes penistais?!?! então se uma rapariga vier dar aqui nisto [nisto??] um beijinho pode ficar com herpes?? sim, e o contrário também! ai isso não, que nojo, que eu não vou lá!! não vais? não! olha, olha, avia-te bem para que ela não arranje quem vá! é ainda tão tonto o meu amor!] - Sabe a Becas e o [tbd]? A Mãe deles, a professora Maria José, foi ao Brasil e adoptou uma criança.
- Ai sim? Eu pensava que tinha ido de férias
[disparate, eu lá penso alguma coisa] - Não, foi tratar dos papéis e agora trouxe [vai trazer?] uma criança. E a Becas está com muitos ciúmes.
- É normal, Lila, mas depois ela adapta-se
- Sim... e a criança está muito melhor agora, não é?
- É com certeza
- Então eu decidi que, mesmo que eu tenha muitas saudades das minhas manas e que não as possa ver durante muito tempo, é melhor elas estarem numa família, não é?
- É Lilocas, é... é melhor para elas, já uma vez falámos disso, até te disse que elas estando sozinhas na casa e sem vos poderem ver... também não ajuda ninguém. Se elas puderem ter uma casa, uma Mãe e um Pai...
- Pois, é isso. E um dia... não sei, pode ser, não é?
- É, Querida, pode sempre ser...
sexta-feira, 12 de maio de 2006
Porque hoje é sexta...
- O Amor é como a relva, se o plantares ele cresce. Vem uma vaca e acaba com tudo!
Eu só percebi à segunda...
- Bom dia Padre.
- Bom dia minha filha. Em que posso ajudar?
- Sabe Padre, soube que uma amiga minha veio aqui e ficou grávida só com uma Ave Maria.
- Não minha filha, foi com um Padre Nosso, mas já o transferimos!
quinta-feira, 11 de maio de 2006
quarta-feira, 10 de maio de 2006
Novo GM
O NOVO DIRECTOR GERAL
Uma empresa entendeu que estava na hora de mudar o estilo de gestão e contratou um novo director geral. Este veio determinado a agitar as bases e tornar a empresa mais produtiva.
No primeiro dia, acompanhado dos principais directores, fez uma inspecção a toda a empresa. No armazém todos estavam a trabalhar, mas um rapaz novo estava encostado à parede com as mãos nos bolsos. Vendo uma boa oportunidade de demonstrar a sua nova filosofia de trabalho, o novo director geral perguntou ao rapaz:
- Quanto é que ganha por mês?
- Trezentos euros, porquê?
Respondeu o rapaz sem saber do que se tratava. O administrador tirou os EUR 300,00 do bolso e deu ao rapaz, dizendo:
- Aqui está o seu salário deste mês. Agora desapareça e não volte nunca mais! Esta empresa não tem lugar para si!
O rapaz guardou o dinheiro e saiu conforme as ordens recebidas. O administrador, então, encheu o peito e orgulhoso da sua atitude que serviria de exemplo, pergunta ao grupo de operários:
- Algum de vocês sabe o que este sujeito fazia aqui?
- Sim Senhor - responderam admirados os operários, veio entregar uma pizza...
terça-feira, 9 de maio de 2006
Outros bicos...
- Duas vaginas conversam:
- Então, ouvi dizer que não atinges o orgasmo?!
- Ah! isso são as más línguas! - Um bêbado chupa as mamas a uma velha de 95 anos e morre.
Resultado da autópsia: Ingestão de produto fora de prazo!
Só a palavra vagina vale pelas duas piadinhas!
Ao broche do dia!
segunda-feira, 8 de maio de 2006
quinta-feira, 4 de maio de 2006
PAT@Triângulo das Bermudas
TU e TU!
- Chamados à cabine de som, temos de afinar o GPS!!
Funcionários Públicos
- Vamos brincar
- Vamos! Mas a quê?
- Pode ser aos Funcionários Públicos
- E como é que é?
- Então... o primeiro que se mexer, perde!!!!!!!!
Hoje é mais ou menos assim que me sinto...
1 2 3 4 5 6
01:02:03 04.05.06
Isto nunca mais vai acontecer [disseram-me].
terça-feira, 2 de maio de 2006
Tente mais tarde
Fui-me sentar nas escadas ao Sol, agora é o tempo do Sol nas escadas, gosto das escadas e gosto do Sol. Dão-me tempo ao tempo. Alargam-me os minutos do de-nada-por-nada-para-nada. Deu-me um não-sei-o-quê de qualquer-coisa-que-não-sei-explicar e liguei para a minha cunhada.
TMN, neste momento não é possível obter ligação, por favor, tente mais tarde.
O choque tecnológico deitou por terra o que quer que fosse que eu senti ali ao Sol nas escadas.
PAREM!
O País está em crise e, já todos o sabemos e não vale a pena insistir em chorar por isso, o exemplo nunca vai chegar de onde devia... não me façam perder tempo, só peço isso!
Arregacem a merda das mangas e trabalhem V/ Exas! O tempo que perdem a remoerem-se de inveja, é tempo que podiam passar a dar abraços aos vossos filhos. Pelo menos é o que eu faço e sinto-me bem feliz... nem rica, nem pobre, feliz!
Há quem esteja mal. Há quem esteja muito mal. Mas quem me envia estas mensagens não tem de que se queixar, pão e vinho na mesa, férias no Algarve, tempo para perder tempo...
Sabem que mais, o problema não é a injusta justiça dos ordenados ou das reformas gigantestas dos outros, o problema é a dor de cotovelo por não serem sobrinhos de um qualquer ministro também!
Estou farta de greves, estou fartinha da inveja alheia!
segunda-feira, 1 de maio de 2006
Criatividades
E quem disse que o mundo visto através da garrafa é distorcido? Quem disse que o distorcido é realmente distorcido? Serão só palavras e definições? Enquanto escuto Mother de Pink Floyd, fico pensando se a parede que criamos é transparente ou se está pintada dos acontecimentos que chamamos de realidade. Criatividade? Acho que é mais uma definição.
Recuperação
Um cabo beje duplo entrançado numa flor recortada em metal dourado. Foi o meu primeiro presente de dia da Mãe.
de Domingo, Maio 01, 2005
posted by maresia at 10:47
3 Comments:
JL said...
A poucos dias de viveres novas emoções como essa que relatas, passo para deixar o meus desejo de Páscoa Feliz
20:37
lobodomar said...
OLá Maresias...Vim aqui a este teu lado,passei nos outros portos, registei na carta de marear para uma visita cuidada e com tempo. Gosto especialmente deste teu porto de abrigo, não sei quem és...Tens o nome dos ventos q sinto na pele, ventos do mar profundo, as minhas maresias,,,Pena que neste tristonho país se esteja a perder a vocação maritima ou porque antigamente era obrigaçao, se calhar, dai o abandono...Mas isto são outras coisas...Gosto do teu sentido protector de mãe...quem n gosta...A minha habita em mim faz anos...Beijo com cristais de sal no olhar saudoso...
22:47
Musician said...
Oh, uma lembrança para todo o sempre :)
22:59